Relativamente a este artigo, considerei-o muito interessante, uma vez que relata uma experiência, realizada em Portugal, em que a Robótica é utilizada como ferramenta pedagógica no 1º ciclo do Ensino Básico. Este artigo é importante dado que a utilização desta tecnologia neste nível de ensino é escassa e este artigo pretende colmatar essa lacuna e consegue-o, porque responde à questão “A Robótica constitui um instrumento apropriado para que crianças, alunos do 1º ciclo do Ensino Básico, possam aprender, adquirindo competências que contribuam para a sua formação de base?”. Este estudo demonstrou que é possível usar a Robótica como meio para trabalhar de forma multidisciplinar os conteúdos do 1ºciclo do Ensino Básico (Matemática, Língua Portuguesa, Expressões Plástica, Dramática e Musical) o que é difícil de fazer com outras ferramentas. Outro ponto fundamental deste estudo remete para a fundamentação pedagógica da robótica que se alicerça nas teorias construtivistas e nas práticas construcionistas. Neste processo verificou-se uma emergência dos princípios identificados no construcionismo, uma vez que a actividade teve um carácter eminentemente prático, onde os alunos desenvolveram um projecto e aprendiam através da construção e programação do robot lego Mindstorms. As competências dos alunos nas actividades realizadas foram melhorando, através de um processo de aprendizagem baseado na resolução de problemas reais.Este é um estudo que demonstra a potencialidade das práticas construcionistas.
Este blog, foi criado no âmbito da disciplina de Integração Curricular das TIC e consiste numa selecção de artigos, livros e outros documentos
Robot Lego Mindstorms NXT
Livros
- Papert, S. (1993). The Children’s Machine. Nova Iorque, Basic Books
- Papert, S. (1980). Mindstorms: Children, Computers and Powerful Ideas. Nova Iorque,Basic Books
Grupo de Discussão - Integração Curricular das TIC
Acerca de mim
- Mónica Batista
- Lisboa, Portugal
Arquivo do blogue
-
▼
2008
(6)
-
▼
janeiro
(6)
- Limites e possibilidades das TIC na educação
- Integração Curricular da Internet na Sala de Aula:...
- Aplicações da Robótica no Ensino Secundário: O Sis...
- Robôcarochinha: : um estudo qualitativo sobre a ro...
- A Robótica Educacional no Ensino Fundamental: Pers...
- Teachers as Designers: Integrating Robotics in Ear...
-
▼
janeiro
(6)
Reflexão pessoal
Quando se aborda o tema integração curricular das TIC está subjacente o conceito de currículo. O currículo pode ser considerado um plano estruturado onde se encontram enunciadas as principais finalidades, objectivos, conteúdos e linhas orientadoras do que se pretende ensinar.
Por outro lado a integração curricular das TIC consiste na criação de situações de aprendizagem recorrendo às mesmas. Podem-se considerar vários níveis de integração: disciplinar, individual, transdisciplinar e na comunidade educativa.
O professor planifica e constrói instrumentos individualmente que vai aplicar a nível disciplinar através da concepção de situações específicas. Consequentemente quando o docente colabora com outros colegas, ao partilhar recursos e ao integrar outros conteúdos disciplinares, faz uma integração transdisciplinar. Quanto à integração na comunidade educativa, a mesma, remete para uma diferente visão da escola: a digital. Neste âmbito, ao olhar para a escola centenária onde lecciono, observo que existem três redes informáticas: uma dedicada à secretaria, ao conselho executivo, à sala dos directores de turma e de trabalho dos docentes, uma para as quatro salas de informática e uma terceira que engloba a BE/CRE e o laboratório de Matenática. Todos os computadores, excepto os da sala dos directores de turma, têm acesso à Internet.
A escola aderiu ao projecto dos computadores portáteis, recebeu os equipamentos, porém os mesmos apenas são utilizados pelos professores afectos ao projecto. Neste momento encontra-se em fase de implementação a plataforma Moodle e o gestor de conteúdos “Joomla”. Para uma melhor integração destes programas serão agendados pequenos módulos de formação para a comunidade educativa (no âmbito do plano TIC).
Os professores aderiram em grande número ao projecto “e-professor”, mas diariamente são observadas as dificuldades dos docentes no manuseamento do equipamento. Com o objectivo de colmatar as referidas dificuldades e de possibilitar a utilização do equipamento como mais uma ferramenta pedagógica, também está prevista formação aos docentes.
A escola ainda não possui quadros interactivos.
Analisando os factos, não se pode afirmar que a minha escola é digital, embora caminhe lentamente nessa direcção com o envolvimento de toda a comunidade educativa, com vista à sua implementação num futuro próximo.
Enquanto professora procuro diariamente estimular os alunos para uma boa utilização das TIC e da tecnologia em geral. Na área disciplinar não curricular de área de projecto (aprendizagem baseada em projectos), optei pela integração da robótica educativa, através do robot Lego Mindstorms Lego, uma vez que esta tecnologia com características muito específicas permite aos alunos desenvolver competências, tais como a capacidade de resolução de problemas, o trabalho em equipa, a criatividade e imaginação, o raciocínio lógico e pensamento abstracto.
Considero que esta ferramenta é extremamente potente para o processo de ensino e aprendizagem e neste momento com base em alguns conhecimentos adquiridos verifico diariamente na sala de aula com os meus alunos o quanto são poderosas as ideias de Papert.
A mudança não está só patente nos alunos, mas também é inerente àqueles que com ela transformam ou praticam a mudança.
Por outro lado a integração curricular das TIC consiste na criação de situações de aprendizagem recorrendo às mesmas. Podem-se considerar vários níveis de integração: disciplinar, individual, transdisciplinar e na comunidade educativa.
O professor planifica e constrói instrumentos individualmente que vai aplicar a nível disciplinar através da concepção de situações específicas. Consequentemente quando o docente colabora com outros colegas, ao partilhar recursos e ao integrar outros conteúdos disciplinares, faz uma integração transdisciplinar. Quanto à integração na comunidade educativa, a mesma, remete para uma diferente visão da escola: a digital. Neste âmbito, ao olhar para a escola centenária onde lecciono, observo que existem três redes informáticas: uma dedicada à secretaria, ao conselho executivo, à sala dos directores de turma e de trabalho dos docentes, uma para as quatro salas de informática e uma terceira que engloba a BE/CRE e o laboratório de Matenática. Todos os computadores, excepto os da sala dos directores de turma, têm acesso à Internet.
A escola aderiu ao projecto dos computadores portáteis, recebeu os equipamentos, porém os mesmos apenas são utilizados pelos professores afectos ao projecto. Neste momento encontra-se em fase de implementação a plataforma Moodle e o gestor de conteúdos “Joomla”. Para uma melhor integração destes programas serão agendados pequenos módulos de formação para a comunidade educativa (no âmbito do plano TIC).
Os professores aderiram em grande número ao projecto “e-professor”, mas diariamente são observadas as dificuldades dos docentes no manuseamento do equipamento. Com o objectivo de colmatar as referidas dificuldades e de possibilitar a utilização do equipamento como mais uma ferramenta pedagógica, também está prevista formação aos docentes.
A escola ainda não possui quadros interactivos.
Analisando os factos, não se pode afirmar que a minha escola é digital, embora caminhe lentamente nessa direcção com o envolvimento de toda a comunidade educativa, com vista à sua implementação num futuro próximo.
Enquanto professora procuro diariamente estimular os alunos para uma boa utilização das TIC e da tecnologia em geral. Na área disciplinar não curricular de área de projecto (aprendizagem baseada em projectos), optei pela integração da robótica educativa, através do robot Lego Mindstorms Lego, uma vez que esta tecnologia com características muito específicas permite aos alunos desenvolver competências, tais como a capacidade de resolução de problemas, o trabalho em equipa, a criatividade e imaginação, o raciocínio lógico e pensamento abstracto.
Considero que esta ferramenta é extremamente potente para o processo de ensino e aprendizagem e neste momento com base em alguns conhecimentos adquiridos verifico diariamente na sala de aula com os meus alunos o quanto são poderosas as ideias de Papert.
A mudança não está só patente nos alunos, mas também é inerente àqueles que com ela transformam ou praticam a mudança.
Sem comentários:
Enviar um comentário